A cadeia produtiva do fumo esteve reunida nessa terça-feira, 03/06, na sede da Farsul. Participaram dirigentes das Federações de Agricultura e dos Trabalhadores na Agricultura dos três estados do sul, da Afubra, do Sindifumo e do Ministério da Agricultura.Foram discutidas adoção de rastreabilidade na fumicultura e denúncias de trabalho escravo na atividade. O coordenador da Comissão do Fumo da Farsul, Mauro Flores, salientou a importância das discussões porque hoje o mercado internacional quer saber origem do produto. Técnicos do MAPA apresentaram detalhes dos processos certificação, rastreabilidade e identificação de origem. A rastreabilidade do fumo será discutida no próximo dia 11, em reunião da Câmara Setorial Nacional do Fumo, em Brasília. Os dirigentes destacaram ainda que a lavoura de fumo é atividade essencialmente familiar, envolvendo os filhos dos produtores desde a infância, sem caracterizar trabalho escravo. Mauro Flores acrescentou que crianças e adolescentes estudam e no turno inverso auxiliam na atividade, sem caracterizar exploração. O presidente da Afubra, Benício Werner, lamentou que exista preocupação com a presença das crianças na lavoura enquanto jovens das cidades se perdem na ociosidade, nas drogas e na prostituição. "Nossas crianças estudam, brincam e ajudam a família sem nenhum prejuízo pessoal", salientou Benício. Mauro Flores também avaliou a comercialização da safra atual. Segundo ele, ainda restam 42 % da safra para serem vendidos."Recomendo que os produtores vendam logo o restante para evitar perdas causadas pelo período de umidade". A safra atual está estima em 678.000toneladas.