Fevereiro tem alta no volume exportado, mas preços são mais baixos
Exportações de trigo alavancam o volume, mas resultado fraco da colheita de soja prejudica os valores totais

A Farsul divulgou, nesta terça-feira (18), os resultados das exportações gaúchas de fevereiro de 2025. Na comparação com janeiro, houve um aumento de 7% no volume exportado, em contraste com uma queda de 19% no valor comercializado. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve um aumento de 36% no volume (de 1,3 milhão de toneladas em 2024 para 1,7 milhão em 2025) e de 14% no valor (US$ 878 milhões em 2024 para US$ 997 milhões em 2025).
O valor total exportado pelo Estado no período foi de US$ 1,5 bilhão, com o agronegócio sendo responsável por 66% deste montante. Em termos de volume, os 1,7 milhão de toneladas exportadas correspondem a 91% do total estadual embarcado em fevereiro.
No agregado de 2025, o agro gaúcho exportou um total de US$ 2,2 bilhões, um valor 11% maios do que no mesmo período de 2024.
Os principais parceiros comerciais do estado em fevereiro foram a Ásia (sem Oriente Médio) segue como o principal destino das exportações do agro gaúcho, totalizando US$ 421 milhões e 953 mil toneladas. Em segundo lugar temos a Europa, que atingiu US$ 157 milhões, sendo US$ 125 milhões para a União Europeia. Em seguida temos o Oriente Médio com US$ 132 milhões.
Quanto aos países, China aparece em primeiro lugar com US$ 105 milhões e participação de 10,5% no valor. Em segundo lugar temos a Indonésia com 8,8%, Vietnã com 8,2%, Estados Unidos com 6,5% e EAU com 3,8%.
A equipe econômica da Farsul ainda destaca que a China teve uma participação notavelmente mais baixa nas exportações no período, devido a significativas quedas no setor de carne, soja em grão e fumo.
A análise ainda aponta que a soja sofre com baixa oferta no mercado estadual, devido ao período de entressafra e a baixa colheita de 2024 (18m/ton). O cenário para 2025 é ainda mais crítico, com previsão de uma colheita de apenas 15m/ton.
A discrepância entre uma queda no valor, mas uma alta expressiva no volume, pode ser explicada pelo bom resultado das exportações de trigo para o Vietnã, Indonésia, Arábia Saudita, Bangladesh, Equador e Senegal.