Farsul

Farsul participa de Audiência Pública na 25ª Expodireto

Tema foi a securitização e endividamento dos produtores rurais


- Emerson Foguinho / Divulgação Sistema Farsul

A Farsul participou da audiência público do Senado Federal no encerramento da 25ª Expodireto Cotrijal, ocorrida na sexta-feira (14). O tema desta edição foi a securitização das dívidas contraídas pelos produtores rurais devido aos impactos das secas e da enchente dos últimos anos.
A audiência foi dirigida pelo senador Luis Carlos Heinze, que destacou a união das entidades na busca por soluções para o endividamento do setor agropecuário no Estado.
O economista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, foi o responsável por dar a dimensão do problema para aqueles que estavam presentes no Auditório Central e para os produtores que assistiam a audiência por telões no exterior do prédio.
Segundo os levantamentos da equipe econômica da Farsul, entre 2020 e 2024, os produtores gaúchos deixaram de produzir mais de 40 milhões de toneladas. "O problema já deixou de ser apenas do agricultor faz muito tempo", declarou Da Luz. "Esses 40 milhões de toneladas foram riqueza que o Estado perdeu. Nenhum outro Estado, nesse período, perdeu tanto quanto nós. São 40 milhões de toneladas que deixaram de ser recebidos por cooperativas, de serem transportados, revendidos, de se transformarem em frango, em exportações", disse o economista.
Esses 40 milhões de toneladas representam um prejuízo de R$ 117 bilhões para o setor e R$ 319 bilhões para a economia geral do Estado. Em termos reais, conforme exemplificado por Da Luz, isso equivale a mais de 875 mil carretas que deixaram de transportar a produção do Estado que, se colocadas em fila, iriam do Oiapoque ao Chuí cinco vezes.
O Presidente do Sistema Farsul, Gedeão Pereira, declarou que, nos últimos anos, a Farsul lutou diuturnamente para conseguir o alongamento das dívidas e acesso aos recursos do BNDES, conquistas que foram anunciadas na última Expointer. "Ano passado fomos até o Ministério da Fazenda em Brasília, onde colocamos para o Secretário do Tesouro Nacional que esses recursos e prazos ainda não eram o suficiente para o produtor", disse Gedeão. Naquele momento, a expectativa para 2025 era de que o Estado teria uma safra normal, o que não ocorreu e, portanto, piorou ainda mais a situação do setor. "As entidades vieram aqui para demonstrar que estamos unidos em busca de solução, seja por PLs seja pelo que for. Vamos trabalhar dia e noite para resolvermos os problemas do agricultor e da agricultura desse Estado", finalizou.