Mesmo com a tentativa de segurar a venda do tabaco para obter melhor remuneração, o produtor tem recebido menos nesta safra o que deverá acarretar em uma área plantada de 10% a 12% menor, conforme projeção do presidente da Comissão do Fumo da Farsul, Mauro Flores. Inicialmente a previsão era de uma redução de 5%. "Hoje dá para dizer que o cenário não é favorável, mas como 85% da nossa produção é exportada, dependemos do que acontece em outros países também. Por isso, não dá para se fazer previsão a longo prazo", explicou Flores. A preocupação com o mercado mundial do tabaco e os seus reflexos sobre a sustentabilidade da propriedade rural brasileira foram apresentadas pela Comissão de Representação dos Produtores em reunião com as principais indústrias de tabaco, no mês de junho, na Afubra, em Santa Cruz do Sul. Foram apresentados dados sobre a produção e consumo mundiais e os preços praticados na safra atual. Também foi tratado individualmente com cada indústria a análise e o planejamento para a safra 2014/2015. Na reunião participaram pelo Sistema Farsul, além de Mauro Flores (SR Candelária), Marco Antônio dos Santos (SR Santa Cruz do Sul), Ornélio Sausen (SR de Venâncio Aires) e Fernando Heemann, assessor técnico do Senar-RS.