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Presidente da CNA defende construção de terminais portuários privados e trânsito de cargas

Presidente da CNA defende construção de terminais portuários privados e trânsito de cargas


A presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, afirmou na última semana (21/03), em Brasília, que a autorização para construção de Terminais de Uso Privado (TUPs) e a movimentação das cargas, próprias ou de terceiros nesses terminais são pontos fundamentais da Medida Provisória (MP) 595, em tramitação no Congresso Nacional. "Eles são a espinha dorsal do novo marco regulatório e a manutenção desses itens na MP vai garantir a modernização da estrutura portuária, melhorando a competitividade desse setor", afirmou a presidente da CNA. A MP 595 foi um dos temas tratados pela senadora Kátia Abreu durante apresentação em reunião dos presidentes do Conselho Deliberativo do Sistema Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas). Acrescentou que melhorar a logística de escoamento do chamado Arco Norte não significa abandonar as tradicionais vias de escoamento das regiões Sul e Sudeste. "Harmonizar os sistemas de logística é muito importante para o crescimento do País", afirmou. Durante a reunião, ela apontou uma série de dados que comprovam a ineficiência do sistema portuário nacional. No porto de Santos, que movimenta 40% das cargas do País, o tempo médio de espera para embarque ou desembarque de um contêiner é de 13 horas. Para transporte de granéis sólidos, o tempo de espera é de 72 horas. A demora eleva os custos de transporte, comprometendo a renda dos produtores rurais. Entre 2003 e 2011, o preço do transporte no Brasil subiu 204,53%, enquanto na Argentina e nos Estados a alta foi de 53% e 43%, respectivamente, no mesmo período. METAS DA FAO - A senadora Kátia Abreu afirmou que o Brasil tem condições de cumprir a meta estabelecida pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) para os países fornecedores de alimentos. "Temos área para produzir mais, ampliando a prática da irrigação e sem que seja preciso abrir novas áreas de produção", afirmou. Segundo a FAO, o Brasil precisa ampliar sua produção de comida em 40% até 2020, enquanto a Austrália deve ampliar a produção em 7% e o Canadá e os Estados Unidos, 14%. O presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae e da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (FAEMG), Roberto Simões