O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) teve uma queda de 6,81% no mês de fevereiro de 2024, o que significa uma manutenção do movimento deflacionário nos produtos da cesta, conforme dados divulgados pela Assessoria Econômica da Farsul nesta quinta-feira (04/04).
O preço da soja no período teve forte desvalorização, de -7,85% na comparação com o mês anterior. O milho também deflacionou, graças principalmente ao avanço da colheita de primeira safra no Centro Oeste brasileiro. Além destes insumos, também houve queda nos preços da energia elétrica e do sal mineral. Em contrapartida, o preço dos combustíveis e fertilizantes tiveram alta, com forte influência da alta cambial e da valorização do barril de petróleo internacionalmente.
No acumulado do ano, o ILC se mantém deflacionário em 12,37% na comparação. É um comportamento que continua seguindo a tendência apresentada no IIPR dos períodos.
"Apesar de termos observada inflação nos últimos meses de 2023, as significativas quedas nos preços dos insumos durante o ano passado ainda têm reflexo no acumulado em 12 meses, registrando deflação de 31,08%. Esse desempenho deflacionário demonstra correlação com a leitura em 12 meses de outro indicador de inflação com cesta de commodities, o IPA-DI medido pela FGV. No acumulado em 12 meses o IPA-DI apresentou deflação de 6,98% na sua leitura de fevereiro", completa a análise.
Para março, a expectativa da Assessoria Econômica da Farsul é que haja uma valorização do preço da soja e que o dólar e o barril de petróleo continuem em trajetória de alta. Se isso se confirmar, o preço dos fertilizantes e combustíveis pode acabar contrapondo a desvalorização esperada do milho.

Confira relatório na íntegra.