Kátia Abreu defende união do discurso agropecuário
Kátia Abreu defende união do discurso agropecuário
Presidentes de sindicatos rurais ligados à Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul) ouviram nesta quinta-feira (2/7), palestra da presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu. Ela defendeu a união dos discursos dos defensores do campo e a criação da "escola do pensamento agropecuário", além de conclamar os presentes a participarem dos debates sobre as teses a serem defendidas. Dentro desse projeto, haverá reuniões com presidentes de sindicatos rurais de outros estados. "Não adianta mídia se não arrumarmos nosso discurso." Antes disso, o presidente da Farsul, Carlos Sperotto, fez um resumo sobre os principais temas discutidos com a dirigente nacional e enfatizou a necessidade de criação de um programa federal que leve moradia às populações do campo, assim como o Minha Casa, Minha Vida permitirá nas cidades. O secretário-executivo do Instituto CNA, Marcelo Garcia, falou sobre pobreza rural e criticou a "lenda de que no Sul não tem pobreza", o que contribui para a redução do envio de recursos para o Rio Grande do Sul. O especialista também criticou os índices que medem a pobreza levando em conta a renda em dólares e não condições de vida. "A redução da pobreza que vem sendo feita é artificial", disse. O ex-deputado federal, ex-ministro da Previdência e consultor da CNA Roberto Brant, falou sobre direito de propriedade e criticou o atual modelo de reforma agrária. "Na sociedade moderna o recurso indispensável é o conhecimento. Em vez de dar conhecimento, treinar jovens sem-terra para se habilitar ao complexo mercado de trabalho do futuro, o governo dá um pedaço de terra aos seus pais na Amazônia e deixa-os ao deus dará", afirmou.