O Parque de Exposições do sindicato rural de Cruz Alta receberá o II Encontro de Irrigantes por Aspersão do RS, no dia 2 de outubro. O evento faz parte da 61ª Etapa do Fórum Permanente do Agronegócio, realizado pela Casa Rural. "No Estado, a irrigação vem crescendo, mas não como esperávamos. Temos entraves legais, em relação aos recursos e limitação no que diz respeito a disponibilidade elétrica", destacou o chefe da divisão técnica do Senar-RS, João Agusuto Telles. O dirigente, que também é presidente do Clube de Irrigação e da Comissão de irrigantes da Farsul, participará do evento apresentando o atual cenário gaúcho e brasileiro. Estudos indicam que existem 150 mil hectares de cultivo de milho que utilizam sistema de irrigação no Rio Grande do Sul, de um total de 1,2 milhão de hectares da cultura. Para obter a mesma produção de milho, seriam necessários apenas 300 mil hectares irrigados. Para Telles, o produtor que conseguir ter 30% da sua propriedade irrigada contará com o melhor seguro agrícola. O impacto da irrigação nas lavouras de soja e milho será o tema da palestra do economista do Sistema Farsul, Antônio da Luz. Em um estudo desenvolvido pela assessoria econômica do Sistema foi constatado que irrigar a soja tem se mostrado mais lucrativo ao produtor do que o milho. Isto porque a irrigação da lavoura resultou em um aumento de R$ 1.084 no lucro por hectare da soja e de R$ 837 no de milho. Porém, o impacto no aumento da produtividade do cereal (66%) é maior do que na oleaginosa (50%). "Sempre se imaginou que a irrigação era um investimento que valia a pena, mas não havia provas. Este ensaio feito em uma propriedade modal dá o norte ao produtor que tem interesse em irrigar, mas não sabe por onde começar", explicou o economista. A programação, que tem início às 9h, conta com pesquisadores, técnicos e produtores. As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através do site ww.clubedairrigacao.com.br. As vagas são limitadas. Mais informações podem ser obtidas pelo fone (51) 3215¬7584.