Farsul

Mercado positivo para cultura do tabaco

Mercado positivo para cultura do tabaco


O presidente da Comissão do Fumo da Farsul e presidente do Sindicato Rural de Candelária, Mauro Flores, avaliou nessa terça-feira (08.10) o cenário da produção de tabaco no Rio Grande do Sul. A perspectiva de preço para a nova safra é positiva, mas ainda não há estimativa de valores. "Estamos fazendo o último levantamento dos custos de produção, que encerra no fim deste mês. Em novembro é que vamos começar a conversar com a indústria para negociar o preço", complementa Flores. Até a segunda quinzena de outubro deve estar concluído o plantio de fumo no Estado, com aumento previsto na área entre 3% e 5%, chegando a 372 mil hectares. A produção brasileira na nova safra está estimada em torno de 750 mil toneladas. Sobre a expectativa para o mercado de tabaco, Flores está otimista, uma vez que os estoques mundiais estão menores, se comparado com 2012. "No ano passado era para sobrar produto, mas faltou. Os outros países buscaram no Brasil, o que para nós é muito bom", acrescenta Flores. Outro ponto destacado pelo presidente da comissão foi o lançamento de manifesto que enfatiza a importância da cadeia produtiva do tabaco. O documento elaborado pela Farsul, Afubra e Fetag é uma resposta à exclusão das entidades da reunião promovida pela Comissão Nacional para Convenção-Quadro para o Controle do Tabaco, que aconteceu de 01 a 03 de outubro em Pelotas/RS. O encontro debateu o controle do tabaco e a diversificação da produção em áreas cultivadas com tabaco. Para Flores o manifesto representa o descontentamento das entidades representativas dos produtores por não ter participado do seminário. O documento realça que a fumicultura garante rendimento a muitas famílias que não possuem terras ou donas de pequenas glebas. "Gostaríamos que o governo brasileiro se preocupasse com o sustento da família do produtor de tabaco", ressalta Flores. O manifesto também destaca que a cultura do tabaco surgiu como diversificação, e não como atividade principal dos primeiros produtores de fumo. Além disso, aponta que a produção de alimentos e criação de animais ainda são expressivas nas propriedades fumageiras do sul do país.