O coordenador da Comissão de Assuntos Jurídicos da Farsul, Nestor Hein, espera que a decisão da juíza da Segunda Vara Cível da Justiça de Carazinho, Marlene de Souza, impedindo que as marchas do MST cheguem à comarca, sirva também para desmobilizar o acampamento vizinho à fazenda Coqueiros, em Coqueiros do Sul. "A decisão da magistrada é sábia porque a marcha apresenta risco de confronto entre produtores rurais e integrantes do MST que já manifestaram interesse em invadir a fazenda, embora ela seja produtiva e não possa ser desapropriada. A decisão procura desarmar os espíritos e estabelecer contenção para evitar que em Coqueiros do Sul se estabeleça um campo de batalha. Aguardamos agora que o acampamento vizinho à fazenda vá se desfazendo já que não é possível desapropriar a área", ressaltou Nestor Hein. Segundo ele, o clima ainda é muito tenso no Estado porque a decisão é passível de recurso por meio de agravo de instrumento. "Esperamos que a decisão seja mantida porque não é possível que as forças de segurança estejam à disposição de duas facções. A Brigada Militar precisa atender às necessidades habituais, não podendo desguarnecer as cidades e comunidades interioranas por força da concentração de dois grupos", encerrou Nestor.