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Conheça as tecnologias do presente e do futuro para a lavoura

Conheça as tecnologias do presente e do futuro para a lavoura




O desempenho da soja transgênica RR2Pro em lavouras gaúchas variou de 63 a 87 sacos por hectare na sua segunda safra comercial (2014/2015). Os dados são fruto de monitoramento feito pela Monsanto, desenvolvedora da tecnologia, em 47 lavouras gaúchas, refletindo resultados fora de campos experimentais. Geraldo Berger, diretor de Regulamentação da Monsanto, comemorou os casos de produtividade próxima dos 90 sacos por hectare, no seminário De Onde Virão os Alimentos: O Desafio do Futuro, nesta quinta-feira, em Gramado (RS). ?Os produtores conseguiram produtividade 10% maior na RR2 do que na RR", disse o executivo. Ele participou do painel Tecnologias do Presente e do Futuro na Visão das Empresas, no evento realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS).
 
Berger também explicou como funciona a tecnologia de RNA de Interferência, que promete ser uma nova evolução na área genética. ?Há plantas daninhas que se tornaram resistentes ao glifosato devido a uma proteína. A tecnologia permite que essa proteína não seja produzida dentro da planta. A planta daninha volta, então, a ser suscetível ao glifosato. É uma tecnologia que está em fase inicial de desenvolvimento, e estamos trabalhando para levá-la do laboratório para o campo?, exemplificou.
 
Também na área de biotecnologia, o diretor de Marketing Estratégico da Bayer Cropscience, Mauro Alberton, informou que a empresa lançará no mercado brasileiro, nos próximos anos, uma nova tecnologia para manejo de ervas daninhas na cultura da soja, embora ainda não tenha data definida para lançamento desse novo transgênico e herbicida. O executivo afirmou que soluções para a produção da oleaginosa no Brasil serão prioridades para a marca nos próximos anos, devido à importância do país e da cultura no cenário internacional.
 
Para Alberton, o desafio de produzir mais alimentos depende da adoção de novas tecnologias e manejo. ?Dentro de uma mesma propriedade, temos áreas de soja com produtividade de 90 sacas por hectare, e outras, com 45. Se resolvêssemos esse problema, já sairíamos das 200 milhões de toneladas de grãos produzidas no Brasil para 250 milhões. O desafio é: como posso minimizar perdas e maximizar ganhos??, afirmou. A solução passa pela combinação de diferentes práticas. ?Nenhum produto ou tecnologia, sozinhos, é suficiente para resolvermos a questão de alta produtividade, lucratividade e sustentabilidade?, completou.
 
Já o pesquisador da Embrapa Ricardo Inamasu afirmou que automação, agricultura de precisão e tecnologia da informação e comunicação serão a chave para atender à demanda futura por alimentos, enfrentando o problema crescente de escassez de mão de obra. O especialista afirma que conceitos como ?internet das coisas? e ?computação na nuvem? estão no centro das pesquisas do setor agropecuário, também. ?Hoje, usamos relógios que são computadores ?vestíveis?. E se a gente vestisse um animal com um equipamento, que permitisse saber antes que está prenhe ou com algum problema. Por que não vestirmos animais??, exemplificou Inamasu, em painel mediado pelo jornalista João Batista Olivi.
 
O seminário De Onde Virão os Alimentos: O Desafio do Futuro ocorre até 13h desta quarta-feira. O evento compõe a 66a. etapa do Fórum Permanente do Agronegócio, com realização do Senar-RS e apoio de Farsul, Casa Rural, BayerCropscience, Dow e Monsanto.