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CNA apoia proposta de desoneração tributária na produção de alimentos

CNA apoia proposta de desoneração tributária na produção de alimentos


A desoneração da carga de impostos incidente sobre insumos, fertilizantes, produtos químicos e alimentos destinados ao consumo humano e também, medicamentos, conforme prevê a proposta de emenda à Constituição (PEC 491/2010), em tramitação no Congresso Nacional, tem o apoio da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). A posição foi oficializada pela entidade em estudo técnico apresentado à Comissão Especial da Câmara dos Deputados que analisa a questão. Para o Coordenador de Assuntos Econômicos da Superintendência Técnica (SUT) da CNA, Renato Conchon, a carga tributária brasileira incidente sobre o setor é extremante elevada, em comparação a outros países. "Os alimentos processados têm alíquota de 35% e os in natura, de 22%, enquanto a média internacional está em apenas 7%", destacou.

A CNA apoia também uma emenda apresentada à PEC-491, incluindo a desoneração aos setores de insumos e fertilizantes utilizados na agroecologia, além de alimentos agroecológicos. Renato Conchon considera de extrema relevância para o país a redução da carga tributária incidente sobre a produção de alimentos. Ele citou estudo da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO), estabelecendo para o Brasil a meta de produzir 40% de todo o alimento consumido no mundo, até 2050. Com menos impostos, o setor agropecuário brasileiro teria mais estímulo para produzir.

Baixa renda - Outra preocupação da CNA diz respeito à questão social. Dados apresentados à Comissão Especial, com base em informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), indicam que uma família de baixa renda (rendimento mensal inferior a um salário mínimo, hoje de R$ 724,00) gasta 40% de seu orçamento, por mês, na compra de alimentos. Nesse aspecto, diz Conchon, fica clara "a regressividade dos tributos indiretos que recaem sobre os alimentos devido a maior participação dos gastos com alimentos por parte das famílias de menor renda".

Uma crítica recorrente aos produtores agrícolas brasileiros - serem responsáveis pelo