A Comissão das Produtoras Rurais da Farsul promoveu nesta segunda-feira, na casa do Senar-RS, em Esteio, palestras sobre indicação geográfica. Um dos assuntos debatidos a denominação de origem (D.O.) do arroz do litoral norte gaúcho, que deve agregar valor ao produto da região. O advogado Marco Jardim, especializado em propriedade intelectual, explicou as diferenças entre indicação de procedência e D.O.. Enquanto na primeira modalidade o reconhecimento refere-se a uma localidade (ou região, ou país) historicamente vinculada à produção de determinado serviço ou produto, a D.O. implica na prova de que o produto da região possui necessariamente características únicas relativas ao meio geográfico e humano em que é produzido. O arroz do litoral gaúcho receberá oficialmente, na quarta-feira, em Esteio, do Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), a primeira D.O. do Brasil. O presidente da Associação dos Produtores de Arroz do Litoral Norte Gaúcho, Clovis Terra Machado dos Santos, relatou às produtoras o processo de obtenção da D.O. e demonstrou otimismo quanto às possibilidades abertas. "Essa conquista coloca o Brasil no patamar das grandes grifes, como o do Champagne, do Roquefort, do vinho de Alicante", afirmou, ressaltando, no entanto, que ainda há muitas etapas de conquista de mercados e de afirmação pública do reconhecimento a serem preenchidas.