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Produtores levarão proposta conjunta para conferência climática

Produtores levarão proposta conjunta para conferência climática


Produtores levarão proposta conjunta para conferência climática Produtores rurais de países emergentes articulam-se para defender uma posição única na Conferência sobre Mudança Climática da ONU, que ocorrerá em dezembro na Dinamarca. Para a presidente da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Senadora Kátia Abreu (DEM), um dos pilares da proposta do campo deve ser a previsão da remuneração de serviços ambientais, ou seja, premiar financeiramente produtores que colaboram com o sequestro de carbono por meio da manutenção de florestas. "Enquanto for mais barato desmatar do que preservar, não teremos sucesso. Se colocamos um componente financeiro, acabamos com nossos problemas", afirmou. Para formalizar uma proposta única quanto a esse e outros temas relativos ao Protocolo de Kyoto, representantes de 10 confederações de Agricultura de diferentes nações reúnem-se na CNA no próximo dia 22 de outubro. Remuneração ao produtor que preserva também é uma das bases da proposta de elaboração de um novo código ambiental que está em discussão no Congresso Nacional brasileiro, uma vez que o atual não tem como ser cumprido, colocando 90% dos produtores na ilegalidade, segundo a Senadora. Kátia Abreu acredita que essa revisão da legislação tem de ocorrer até o fim do ano, já que o período eleitoral torna difícil a aprovação de grandes mudanças em 2010. Além da proposta de pagamento por serviços ambientais, representantes do campo defendem a previsão de desmatamento zero na Amazônia, recomposição por parte dos produtores das matas ciliares, com legislações estaduais prevendo as particularidades de cada rio, e a legalização de todas as atuais áreas de produção. "Sabemos produzir e precisamos preservar o meio ambiente. Mas queremos que, onde estejam plantados alimentos, não nos peçam para arrancar alimentos", disse Kátia Abreu.