Farsul

Produtor brasileiro perde até R$ 7,00 por saco de grãos com o transporteda safra.

Produtor brasileiro perde até R$ 7,00 por saco de grãos com o transporteda safra.


Levantamento feito pela assessoria econômica do Sistema Farsul aponta agravantes que fazem o produtor perder em competitividade e lucro, devido à má estruturação da logística de escoamento de produção até os portos. Com basena safra de 2012, o custo com transporte de grãos no Brasil chega a ser 39% mais caro do que o americano, na comparação entre a propriedade rural até o porto em Xangai, na China. Enquanto nos EUA o produtor gasta US $ 99 para fazer dois mil km com o escoamento da produção, o brasileiro paga US $ 158para fazer a mesma distância. Conforme o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, o cenário é de perda para o produtor e aumento de preço para o consumidor devido à legislação que compromete o desenvolvimento da matriz modal no Brasil. Para ele a tendência, é que a situação se agrave nos próximos anos e é necessário pensar e executar, mudança nesta matriz, principalmente no RS. Sperotto cita como exemplo, uma proposta de escoamento hidroviário pelos rios Taquari e Jacuí, que atravessam as principais regiões produtoras de grãos do estado, facilitando assim, o acesso pela Lagoa dos Patosaté o porto de Rio Grande. "Não vemos por parte do governo uma intensão clara de mudança. Temos uma malha ferroviária insuficiente e mal aproveitada, e um vasto campo hidroviário que precisa de investimentos, e que é capaz de escoar nossa produção de forma mais eficiente e barata."- comenta o presidente. Em termos de valores finais, o custo de escoamento para o produtor brasileiro é de até R$ 7,00 a mais por saco produzido, em comparação com americano. E noRio Grande do Sul, o custo de transporte de grãos para o porto de Rio Grande pode ser até 3 vezesmais caro por km/tonelada do que o seu principal competidor (EUA).O estudo também aponta como outros fatores podem impactar no distanciamento do lucro real para o produtor, como o aumento recente do combustível e a implantação da nova regulamentação sobre o tempo de direção dos caminhoneiros.