O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, disse que a decisão da União Européia de trabalhar com cerca de 300 propriedades exportadoras de carne do Brasil, era esperada porque a Irlanda já havia feito provocações no sentido de cortar a oportunidade de entrada de animais zebuínos, que são a grande parte do rebanho brasileiro. Segundo ele, essa medida já vinha sendo direcionada pelos europeus. "Agora, numa atitude que demonstra desconhecimento do que é o rebanho brasileiro, qual é a dimensão deste país, estão a estipular que somente 300 propriedades é que estariam aptas a exportar para a União Européia. É lógico que isso traz descontentamento e prejuízo muito grande no momento em que ficaremos até 25 de fevereiro quando vem uma missão para fazer a análise e definir quais as trezentas propriedades que eles estarão autorizando a remeter produto para lá. Vamos aguardar o desenrolar das coisas. Apostamos na ação dos Ministérios da Agricultura e Relações Exteriores para desfazer essas posições. A Europa é fundamental para as exportações brasilerias, particularmente no setor de cárneos e vamos analisar as posições com serenidade e tentar reverter", destacou Sperotto.\r\nA União Européia ficou irritada com a lista de 2,6 mil fazendas aptas a exportar carne enviada pelo Ministério da Agricultura. A UE garantiu que apenas cerca de 3% das propriedades poderão exportar e admite possibilidade de embargo total à carne brasileira se o sistema de certificação de fazendas não funcionar.\r\n