O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, nesta sexta-feira, 15/04, participou do ciclo de palestras da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária na 1ª Sessão Legislativa Ordinária da 54ª Legislatura do Senado. Foram debatidas as assimetrias do MERCOSUL e seus impactos na agricultura brasileira. Carlos Sperotto falou na condição de vice-presidente da CNA e diretor conselheiro da Federação das Associações Rurais do Mercosul, FARM. Sperotto destacou que o Brasil está com o teto de produtividade mundial, competindo em nível de igualdade com os demais países, graças à tecnologia aplicada nas lavouras. Salientou também que a sanidade animal foi o grande elo que manteve o Grupo Farm unido. Para ele, ?é um milagre manter um país continental sem aftosa, graças principalmente ao auxílio para preservação dos países vizinhos em segurança?.Sperotto salientou ainda o trabalho pela participação de jovens produtores rurais no Mercosul como condição para manter a atividade produtiva no campo. Quanto à solução para as desvantagens, disse que é necessária vontade política, respeitando as questões econômicas. Acrescentou a necessidade de priorizar harmonização nos acordos fitossanitários e sanitários entre os países membros do Mercosul. Destacou ainda que a sociedade civil tem que participar do processo de discussão do Mercosul que não é só do sul do país, mas de todo o Brasil. Sperotto ressaltou que nesta sexta-feira, 15/04, em encontro da União Europeia, produtores e cooperativistas europeus apontaram temor pelo desenvolvimento agrícola doMercosul que multiplicou por 5 a produção nos últimos anos e vende no mercado europeu. Segundo os produtores, é uma ameaça para o mercado da UE.