ILC volta a subir em setembro
É a quinta leitura inflacionária nos últimos nove meses
O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) teve um aumento de 2,1% no mês de setembro de 2024. Após deflação em agosto, o índice voltou a subir, marcando a quinta leitura de inflação em um período de nove meses, conforme dados divulgados pela Assessoria Econômica da Farsul nesta quarta-feira (30/10).Os insumos com maior aumento no período foram o concentrado, silagem e energia elétrica. O preço do milho encerrou o mês com uma alta de 7,7%, e houve aumento no preço da soja, o que encareceu a alimentação animal. Houve um abrandamento do movimento inflacionário graças a uma queda de 2,9% no preço dos fertilizantes, reflexo da desvalorização do barril de petróleo. O relatório destaca que a energia elétrica registrou, até o momento, sete altas consecutivas, resultando em um aumento de 9,98% no período.No acumulado do ano, o ILC ainda se mantém deflacionário, em 3,58%. É um comportamento que continua seguindo a tendência apresentada no Índice dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) dos períodos. O IIPR apresenta uma queda de 7,55% no acumulado do ano.Quando analisado o comportamento acumulado em 12 meses o índice segue com uma leitura deflacionária, acumulando uma queda de 1,83%. Muitos insumos dentro da cesta do ILC já apresentam altas significativas nos seus acumulados em 12 meses, energia elétrica (9,1%), silagem (6,4%) e combustíveis (4,3%), o que reforça uma expectativa de que o ILC feche o ano com inflação. O Brasil vem demonstrando dados de crescimento do PIB acima das expectativas e um mercado de trabalho aquecido, esse cenário macroeconômico vem desancorando a inflação futura, o que deve sustentar esse aumento nos preços dos insumos até o final do ano.Para outubro, a expectativa da Assessoria Econômica da Farsul é de aumento da soja e do milho, além de apreciação do preço do barril de petróleo e do câmbio, elevando preços de fertilizantes e combustíveis. Esperasse, portanto, que o movimento inflacionário continue.