ILC marca a sexta alta em um período de 10 meses
Outubro trouxe a maior variação mensal do ano
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O Índice de Insumos para Produção de Leite Cru do Rio Grande do Sul (ILC) teve um aumento de 3,4% no mês de outubro de 2024. O índice manteve movimento de alta, marcando a sexta leitura de inflação em um período de dez meses, conforme dados divulgados pela Assessoria Econômica da Farsul nesta terça-feira (03/12).
Os insumos com maior aumento no período foram a silagem, a energia elétrica e o concentrado. O preço do milho encerrou o mês com uma alta de 8,2%, e houve aumento no preço da soja, o que encareceu a alimentação animal. Por outro lado, houve queda de 9% no preço dos fertilizantes, reflexo da desvalorização de 17% do barril de petróleo. Em outubro, a energia elétrica registrou o oitavo mês consecutivos de aumento de tarifas, com um acumulado de 16,7% no período de um ano.
No acumulado do ano, o ILC ainda se mantém deflacionário em 0,35%. É um comportamento que continua seguindo a tendência apresentada no Índice dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) dos períodos. O IIPR apresenta uma queda de 6,3% no acumulado do ano.
Quando analisado o acumulado em 12 meses observamos uma mudança de comportamento passando de deflação para inflação de 3,01% no período. Muitos insumos dentro da cesta do ILC já apresentam altas significativas nos seus acumulados em 12 meses, energia elétrica (10,5%), silagem (16,1%), concentrado (1,6%) e combustíveis (5,3%), o que reforça uma expectativa de que o ILC feche o ano com inflação. O Brasil vem demonstrando dados de crescimento do PIB acima das expectativas e um mercado de trabalho aquecido, esse cenário macroeconômico vem desancorando a inflação futura, o que deve sustentar esse aumento nos preços dos insumos até o final do ano.
Para outubro, a expectativa da Assessoria Econômica da Farsul é de manutenção da inflação, com aumento da soja e do milho, além do impacto nos preços de combustíveis e fertilizantes, graças ao aumento do dólar.