O Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) teve uma deflação de 1,10% no mês de outubro. Apesar da alta da taxa cambial, a queda tem a ver com movimentos sazonais, especialmente pelas lavouras de trigo. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice ainda segue em alta de 0,73%. Além do câmbio, que foi o principal responsável do acumulado, o custo com sementes no período ajudou a manter o índice em alta. Espera-se que o indicador termine o ano com inflação, já que, até o momento de publicação do relatório, o dólar vem em uma alta acentuada. Já o Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores (IIPR) voltou a subir em novembro, a terceira alta seguida, com uma inflação de 1,12%. O destaque foi para o preço da carne bovina, com um aumento de 9% em relação ao mês passado, graças ao aumento das exportações e redução da oferta interna (um movimento do ciclo pecuário). Apesar disso, o índice ainda apresenta deflação de 2,15% no acumulado dos últimos 12 meses. O IPCA Alimentos, no mesmo período, apresentou alta de 7,63%. Esses movimentos contrários entre os índices reforçam que existem outros fatores além do preço ao produtor que são relevantes para a formação de preços à nível do consumidor como custo de transporte, energia elétrica, mão de obra entre outros. No acumulado do ano, o IIPR apresenta uma queda ainda maior, de 5,27%, graças a desvalorização da soja e do arroz, que pesaram no resultado do índice.