A Farsul divulgou, nesta quarta-feira (22), os resultados das exportações gaúchas de março de 2025. Na comparação com o mesmo período de 2024, houve um aumento de 9% no valor exportado, totalizando US$972 milhões, e de 22% no volume, no total de 1,7 milhão de toneladas. Em 2024, as exportações foram de US$ 893 milhão e 1,4 milhões de toneladas, respectivamente.
O valor total exportado pelo estado no período foi de US$ 1,4 bilhão, com o agronegócio sendo responsável por 66% deste montante. Em termos de volume, os 1,7 milhão de toneladas exportadas correspondem a 89% do total estadual em março.
No acumulado de 2025, o agro gaúcho exportou um total de US$ 3,2 bilhões, um valor 12% maios do que no mesmo período de 2024.
Exportações para a China tem baixa participação
Pelo segundo mês seguido, a China aparece com uma baixa participação nas exportações do estado. Houve quedas importantes em carne e fumo. Mesmo assim, as exportações deste ano superam as de 2024, já que houve uma melhora expressiva na venda da soja. Isso se deve à grande diferença entre a safra de 2024 (18m/ton) e de 2023 (14m/ton). É importante lembrar que, em boa parte, o estado ainda está exportando a safra de 2024.
Os Estados Unidos foram o segundo maior importador do agro gaúcho, praticamente empatado com a China, com uma diferença de apenas US$ 400 mil. Isso se deve ao aumento das vendas de carne bovina, gorduras e óleos de origem animal, fumo e produtos florestais.
No geral, a carne bovina teve um aumento puxado pelos EUA, enquanto a carne de frango segue em crescimento mesmo sem o mercado chinês, com aumentos importantes no Egito, Singapura, Filipinas, Países Baixos e Arábia Saudita. Já as Filipinas e o Chile foram os responsáveis por aumento nas exportações de carne suína.
O aumento expressivo do volume total das exportações em março se explica pelo bom resultado das vendas de milho para a África e Oriente Médio. A soja também, já que o produto teve resultado nulo em março de 2024.
Os principais parceiros comerciais do estado em fevereiro foram a Ásia (sem Oriente Médio) totalizaram US$ 1,5 bilhão e 2,8 milhões de toneladas. A Europa atingiu US$ 454 milhões, sendo US$ 340 milhões para a União Europeia. Em seguida temos o Oriente Médio com US$ 426 milhões.
Quanto aos países, China aparece em primeiro lugar com US$ 658 milhões e participação de 20% no valor. Em segundo lugar temos o Vietnã com 7,9%, Estados Unidos com 6,9%, Arábia Saudita com 4,9% e Indonésia com 4,6%.