Entidades do Mercosul defendem modelo harmonizado para cálculo dos custos de produção

A maior transparência e confiabilidade de informações sobre a atividade agropecuária, o aumento da competitividade no mercado internacional e a identificação das potencialidades e fragilidades das culturas e regiões produtivas são as principais vantagens de se ter uma metodologia comum de cálculo dos custos de produção no âmbito do Mercosul. Esta foi a principal conclusão tirada do Seminário sobre Harmonização da Metodologia dos Custos de Produção, que terminou nessa quarta-feira,27/05, em Brasília, e foi promovido pela Federação das Associações Rurais do Mercosul (FARM) e Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). Durante três dias, técnicos representantes das principais entidades ligadas à FARM, entre elas a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e Sociedade Rural Brasileira (SRB)apresentaram os parâmetros utilizados pelos países que compõem o bloco para estimar os custos de produção. A proposta de um modelo de consenso ainda será discutida dentro de cada país que integra o Mercosul. Em julho, deve haver um novo encontro com dirigentes e técnicos para retomar as negociações de uma metodologia harmonizada. "Entendemos que é um passo importante que estamos dando para corrigirmos as disparidades que existem nos cálculos do custo de produção da agropecuária no Mercosul", enfatizou o Diretor da Área Internacional da CNA, Carlos Rivaci Sperotto. A idéia é priorizar os produtos agropecuários mais importantes para cada país e para o Mercosul, visando ampliar a credibilidade internacional com os principais parceiros comerciais do bloco, além da inserção do Mercosul em novos mercados e da busca de mais investimentos estrangeiros. "Quando concluirmos este trabalho, teremos a ferramenta necessária para conversarmos de igual para igual com outros parceiros comerciais", disse Sperotto.