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CNA reforça necessidade de aprovação da atualização do código florestal proposta por Aldo Rebelo

CNA reforça necessidade de aprovação da atualização do código florestal proposta por Aldo Rebelo


Senadora Kátia Abreu discutiu o tema com ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi A atualização do Código Florestal brasileiro vai garantir a continuidade da produção agropecuária nacional e legalizar a atividade desenvolvida por 90% dos produtores rurais que estão em áreas já consolidadas. Essa necessidade de mudança da lei ambiental foi discutida pela presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, em reunião hoje, em Brasília. Após o encontro, a presidente da CNA afirmou que se for mantida a exigência "irracional" de ambientalistas de que é necessário substituir áreas cultivadas com arroz e feijão por floresta nativa, a área plantada com grãos e ocupada com a pecuária vai diminuir e os preços dos alimentos vão subir. "Será que é isso que a sociedade quer?", questionou. Ela lembrou que o debate sobre o novo Código Florestal precisa ser feito de forma racional, com base em informações técnicas. Para reforçar esse entendimento, a senadora levou ao ministro da Agricultura dados que reforçam a necessidade de alteração da legislação ambiental. Mostrou que as constantes mudanças na lei, nos últimos anos, ampliaram ainda mais o quadro de insegurança jurídica no campo, impasse que será equacionado com a aprovação do relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP), em tramitação na Câmara.Na Amazônia, por exemplo, um produtor que desmatou antes do ano 2000, época em que a reserva legal era de 50%, não será obrigado a se adequar ao índice atual, de 80%, se o texto do relator for mantido. Na reunião, a presidente da CNA também detalhou ao ministro levantamento feito pela CNA a partir de dados de Censos Agropecuários realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que mostra o crescimento em 72,5% das áreas de florestas nas propriedades rurais brasileiras. De acordo com o estudo, a área dos estabelecimentos agropecuários cresceu 32,1% entre 1960 e 2006, de 249,8 milhões de hectares para 329,9 milhões de hectares. No mesmo período, a área de florestas dentro das propriedades aumentou de 57,9 milhões para 99,9 milhões de hectares. "Não precisamos de mais desmatamentos. Com a área que temos hoje é possível triplicar a produção de grãos e quadruplicar a produção de carne", afirmou. A presidente da CNA lembrou ao ministro que as regras do Decreto 7.029, de 2009, entram em vigor em junho deste ano, depois de vários adiamentos. O texto estabelece que só terão acesso ao Sistema Nacional de Crédito os produtores rurais que averbarem a reserva legal ou aderirem ao Programa Mais Ambiente, criado pelo governo federal para regularização de propriedades rurais. Reiterou que aderir ao programa ou averbar a reserva legal é um "filme de ficção", pois a burocracia impede que o processo seja concluído. Só no Mato Grosso, há mais de cinco mil processos de produtores que querem o georreferenciamento de suas propriedades, mas que não conseguem legalizar a situação de suas fazendas. ROSSI - Após reunir-se com a presidente da CNA, o ministro Wagner Rossi, afirmou que a expectativa é que o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) seja votado no Plenário da Câmara dos Deputados em março. Para ele, devido à importância do setor, o agronegócio merece atenção do Congresso Nacional. Ele disse, ainda, que é preciso eliminar qualquer tensão que possa comprometer a atividade no campo. Assessoria de Comunicação da CNA Fone: (61) 2109-1419/1411 www.canaldoprodutor.com.br