CNA reforça compromisso com a produção agrícola sustentável na COP-16

CNA reforça compromisso com a produção agrícola sustentável na COP-16

03/12/2010 16:00
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) marcará presença na Conferência das Partes (COP-16) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC), que acontece até 10 de dezembro, em Cancún, no México. No evento, será realizado o lançamento internacional do seu Projeto Biomas, estruturado para aliar produção agropecuária e preservação ambiental por meio de um programa de pesquisa e extensão rural nos seis biomas brasileiros (Amazônia, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pantanal e Pampa). A entidade reforça sua participação no evento com as contribuições oferecidas pelo setor agropecuário ao documento de posição brasileiro - que contém a posição oficial da nação para o acordo do clima que será discutido durante a COP-16 -, abrangendo questões como remuneração por serviços ambientais nas áreas rurais do país. Sob a liderança da sua presidente, senadora Kátia Abreu, a comitiva da CNA cumpre intensa agenda dedicada ao lançamento do Projeto Biomas na segunda-feira, dia 6 de dezembro. Entre as atividades previstas, estão uma entrevista coletiva, às 11h30min (horário do México), com a participação da presidente da CNA e do coordenador técnico do Biomas, Gustavo Cúrcio. No mesmo dia, às 14h, a senadora Kátia Abreu fará uma palestra sobre o projeto no Espaço Brasil e, às 20h, receberá lideranças setoriais, representantes de entidades internacionais, jornalistas e autoridades brasileiras presentes à Conferência em coquetel comemorativo ao lançamento. Integram a comitiva os vice-presidentes executivos da CNA Assuero Veronez, Júlio da Silva Rocha Júnior e Carlos Sperotto, os presidentes das Federações da Agricultura do Rio Grande do Norte, José Álvares Vieira e do Amazonas, Muni Lourenço Silva Júnior, além de pesquisadores da Embrapa Florestas. Documento de posição brasileiro A CNA participou ativamente da confecção do documento de posição brasileiro, que será utilizado nas negociações entre os países durante a COP-16. A posição brasileira sobre a negociação do clima se desdobra em seis pontos: metas concretas de redução de emissões para países desenvolvidos; ações de mitigação nacionalmente apropriadas (Namas); redução de emissões por desmatamento e degradação (REDD plus); metodologias e padrões de emissão; enfoque setorial agrícola e mecanismo de desenvolvimento limpo. Para a CNA, o regime climático deve ser pautado pela definição de metas ambiciosas de redução de emissões para os países desenvolvidos, em torno de 40%, com base no ano de 1990. Além disso, reconhece que os países em desenvolvimento assumam compromissos de mitigação para os países em desenvolvimento, desde que vinculados a financiamento, transferência de tecnologia e capacitação oriunda das nações ricas. As ações de mitigação definidas pelo Brasil representam importante passo para a consolidação do País na economia de baixo carbono. Essas ações envolvem boas práticas agrícolas e pecuárias, controle do desmatamento, incremento do uso de energias renováveis e substituição do carvão vegetal de florestas nativas pelo carvão originário de florestas plantadas. Outro ponto defendido pela CNA diz respeito às ações de mitigação financiadas pelo setor privado, para que sejam consideradas no contexto da Conservação do Clima. Entre elas estão as ações ligadas ao uso da terra, tais como o manejo de florestas, pastagens e solo, que apresentem potencial de redução de emissões de baixo custo e no curto prazo. É neste ponto que se enquadra o Projeto Biomas. Por meio do reflorestamento com espécies nativas e exóticas em Áreas de Preservação Permanente e entorno, produzirá salvamento de carbono e uma possibilidade de diversificação na matriz produtiva das propriedades rurais nos seis biomas brasileiros. Assessoria de Comunicação CNA (61) 2109-1419 www.canaldoprodutor.com.br