Representantes da cadeia produtiva do arroz vão propor ao Governo a realização de dois leilões quinzenais, nos dias 29 de outubro e 12 de novembro, ao invés de ofertas semanais do cereal, para depois reavaliar a periodicidade de realização de novos leilões para assegurar o abastecimento do mercado interno. A decisão foi tomada hoje (16/10) pela Câmara Setorial da Cadeia Produtiva do Arroz do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), que se reuniu em Brasília. Segundo Francisco Lineu Schardong, presidente da Câmara e representante da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nas discussões relativas ao cereal, a idéia é ofertar 100 mil toneladas nestes leilões, sendo 50 mil em cada. Os produtores pediram que fosse analisada a renda em toda a cadeia por entendem que os lucros estão mal distribuídos. Segundo ele, O atacado e o varejo estão ficando com grandes margens". Schardong informou também que deverá ser formado um grupo de trabalho para discutir a coleta de informações sobre a quantidade de arroz ofertado no ambiente doméstico. "Há muita discordância entre os números. Vamos padronizar esta quantificação", explicou Schardong. Ficou estimado o estoque de passagem em 650 mil toneladas.