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Brasil e Argentina discutem renovação de acordo de importação de leite em pó

Brasil e Argentina discutem renovação de acordo de importação de leite em pó


Representantes do setor lácteo de Brasil e Argentina chegaram a um consenso sobre os preços de importação de leite em pó do país vizinhos pelos brasileiros. O tema foi tratado ontem (27/6), em Buenos Aires, em encontro para discutir a renovação, pela segunda vez e por mais um ano, do acordo firmado em 2009 para aquisição do produto argentino. Segundo o presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, um dos pontos acertados foi a manutenção dos preços com base nos valores praticados pela Oceania, conforme previsto no primeiro contrato.A questão que ficou pendente e voltará a ser debatida no próximo mês foi o volume mensal a ser importado, cuja cota hoje é 3,3 mil toneladas. "Conseguimos avanços importantes e estamos próximos de firmar um acordo que permitirá um fluxo de comércio previsível entre os dois países, evitando surtos de importação", destacou Alvim. O acordo de importação foi formalizado há dois anos diante do surto de importação de leite em pó da Argentina no início de 2009. O objetivo era conter a entrada desenfreada do produto no mercado brasileiro. Entre 2004 e 2008, o Brasil comprava do país vizinho, em média, 1,8 mil toneladas por mês. No entanto, esse número saltou para 10 mil toneladas/ mês em janeiro de 2009. Nos quatro primeiros meses daquele ano, a Argentina exportou 26,3 mil toneladas de leite em pó para o Brasil, quantidade correspondente a 88% de todo o volume de leite em pó importado pelo País no ano de 2008. A primeira renovação do acordo ocorreu em maio do ano passado, que venceu no último mês de abril. A expectativa é fechar um acordo em julho, em encontro que deve acontecer no Brasil. Além da CNA, participaram do encontro na capital argentina representantes da Organização das cooperativas Brasileiras (OCB), Confederação Brasileiras das Cooperativas de Laticínios, e do Sindicato da Indústria de Laticínios e Produtos Derivados do Estado de São Paulo (Sindileite). Pelo lado argentino, estiveram nas discussões representantes do Centro da Indústria Leiteira da Argentina. Assessoria de Comunicação CNA Telefone: (61) 2109 1411/1419 www.canaldoprodutor.com.br