Senar-RS

2° Hackathon Senar-RS distribuirá R$ 50 mil em prêmios

Participantes de maratona de inovação devem criar soluções para alguns dos principais problemas do agronegócio


- Gerson Raugust / Divulgação Sistema Farsul

De 4 a 6 de dezembro, startups e estudantes universitários vão duelar em uma criativa competição para desenvolver tecnologias que solucionem problemas comuns aos produtores rurais: é o 2ª Hackathon. O evento, promovido pelo Senar-RS, distribuirá R$ 50 mil em prêmios para os vencedores. O regulamento completo pode ser conferido no hotsite do evento (www.senar-rs.com.br/hackathon), onde as inscrições podem ser feitas até o dia 26 de novembro.
A competição
Divididos em equipes de 4 a 6 componentes, os participantes precisarão criar projetos dentro dos temas do 2º Hackathon, que são Gestão e Segurança. São esperadas propostas viáveis para prevenir problemas como o abigeato ou para reduzir os custos de produção, por exemplo. Para cumprir os desafios, as equipes receberão mentoria de especialistas do Senar-RS, produtores rurais, professores e parceiros.
Os trabalhos serão apresentados a uma banca avaliadora, que vai julgá-los pelos critérios de Criatividade e Inovação, Qualidade Técnica, Viabilidade e Aplicabilidade. Os três melhores trabalhos de cada desafio receberão R$ 50 mil em prêmios: R$ 15 mil para o primeiro lugar, R$ 7 mil para o segundo e R$ 3 mil para o terceiro. É a maior premiação em eventos do gênero no Sul do país.
"Esse evento leva as demandas reais dos produtores rurais, mapeados junto a eles pelo programa AgroUp, para o ecossistema de inovação. O propósito é fomentar ideias para o desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios da agropecuária", diz Renan Hein dos Santos, coordenador do Escritório Regional de Inovação do AgroUp.
Por que o agro precisa de tecnologia?
No século 20, a agricultura mundial viveu a chamada Revolução Verde, um conjunto de avanços tecnológicos que visava promover ganhos de produtividade e eficiência por meio da especialização das unidades produtivas. Desse movimento, surgiram maquinários, adubos, herbicidas e desenvolvimento genético que impulsionaram o setor para outro patamar.
O Brasil tardou a aderir a essa onda, tornando-se um player mundial nos anos 1990 - um atraso de 50 anos em relação aos EUA e às nações europeias. Ainda assim, nosso país conseguiu empregar as tecnologias prontas de forma eficaz, superando o atraso de décadas e fazendo um agro mais competitivo.
Mas hoje uma nova revolução aponta no horizonte orientada por suportes digitais, como computadores e drones. Espera-se que ela mude radicalmente os processos produtivos e o cenário da competição no agronegócio do futuro.
O Senar quer ser protagonista desta transformação, cumprindo a missão de ser ponte entre quem desenvolve as tecnologias e o homem do campo. A meta é que o Brasil, em vez de espectador, seja o produtor dessas novas ferramentas, mantendo nosso agro na vanguarda da produção mundial.
"Hoje, o agronegócio carrega a economia do Brasil nas costas. Imagine se tivéssemos saído na frente no século 20?", provoca o diretor de Inovação do Senar-RS, Antônio da Luz.
Desenvolvedores no campo
É por isso que eventos como o Hackathon são importantes: eles são capazes de atrair universitários, empresas e startups de inovação para buscar soluções para o agronegócio.
"Há um monte de problemas que prejudicam nossa competitividade. Um desenvolvedor, que tem as ferramentas para resolvê-lo, vai enxergar uma oportunidade de negócio. E o Senar acaba virando o elo entre o problema que o produtor enfrenta e esse ambiente de inovação que pode resolvê-lo, atraindo também investimentos", diz o diretor.
Os desafios propostos pelo Hackathon são levantados pelo Senar-RS junto ao produtor rural, que também participa desse evento online como mentores dos grupos concorrentes. A meta é estreitar laços e interesses para parcerias duradouras.
"À medida em que atraímos os inovadores, vamos construindo a competitividade do produtor para daqui a 15 ou 20 anos. Também acreditamos que vão participar de nossos hackathons as empresas que, no futuro, vão estar em eventos como Expointer e Expodireto, e hoje estão em uma garagem", aposta Antônio da Luz.