Presidente da Farsul analisa Plano Safra 2012/2013

Presidente da Farsul analisa Plano Safra 2012/2013

28/06/2012 18:00
O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, acompanhou, nessa quinta-feira, 28/06, no Palácio do Planalto, em Brasília, o anúncio do Plano Safra para a agricultura empresarial. Carlos Sperotto reconheceu o esforço do Ministério da Agricultura em regionalizar as medidas e salientou que o RS precisa de ações especiais para os agricultores atingidos pela seca. Para Sperotto, o volume de R$ 115,2 bilhões para financiar custeio, comercialização e investimento fica abaixo da necessidade estimada pelo setor em R$ 180 bilhões, mas há possibilidade de complementação conforme garantia da presidente da República. "O volume não tem sido problema, porque nos últimos 6 anos vem sobrando dinheiro nos bancos devido à dificuldade de acesso pelos produtores", salientou Sperotto. Ele considerou tímida a queda na taxa de juros para 5,5% ao ano para o grande produtor e 5% ao ano para o médio produtor. "Esperávamos menos porque somos uma atividade de risco e se comparado ao percentual de queda da Selic, ficamos em desvantagem, mas a redução é importante", enfatizou Sperotto. Outro ponto destacado foi o aumento no limite de financiamento por cultura. Sperotto elogiou a manutenção das linhas de crédito para pecuária e o tratamento especial concedido à suinocultura que atravessa momento difícil, com barreiras à exportação impostas pela Rússia e Argentina. Também destacou como um ganho para os produtores o crescimento no volume de crédito para o seguro agrícola e a extensão de área coberta que passa de 5% para 20%. "Ainda está abaixo do ideal, mas reconhecemos que houve evolução", disse Sperotto. O presidente do Sistema Farsul permaneceu em Brasília durante a quinta-feira, negociando com os Ministérios da Fazenda e Agricultura, solução para a renegociação da dívida agrícola. "Precisamos de agilidade no processo porque os produtores têm que comprar insumos para o plantio da próxima safra que já se inicia em agosto no caso do milho. A grande maioria está descapitalizada porque perdeu a safra devido à seca e não tem produto para aproveitar a alta no preço de comercialização e ainda enfrenta elevação no valor dos insumos em conseqüência da valorização do dólar. Todo nosso empenho agora é para resolver o problema do endividamento", concluiu Sperotto.