O presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, viajou a Brasília nessa terça-feira, 26.01, para cumprir agenda na CNA e no Ministério da Agricultura. Antes de embarcar, Sperotto recebeu resposta da presidência da república sobre o ofício encaminhado ao Presidente Lula demonstrando inconformidade com o decreto que trata do Programa Nacional dos Direitos Humanos, publicado em 21 de dezembro do ano passado. O documento reforça a indignação dos produtorescom o plano que aponta o agronegócio como responsável pela violação dos direitos de médios e pequenos agricultores e dificulta a reintegração de posse de áreas rurais invadidas.Alerta ainda que a persistir o decreto, a Farsul deverá recomendar aos produtores rurais, quando invadidos, que exercitem o que dispõe o Código Civil Brasileiro, ou seja lançar mão da legítima defesa da posse, adotando providências pessoais para repelir agressão, se impedidos pela burocracia de recorrer ao Poder Judiciário.
A presidência da República informou que o documento foi encaminhado à área responsável. Sperotto ressaltou que "o importante é ter recebido a atenção necessária e ser encaminhado para o setor responsável".
Em Brasília, Sperotto também vai tratar do pedido encaminhado ao Ministério da Agricultura informando que no Rio Grande do Sul as empresas de aviação agrícola, pela escassez e não distribuição de combustível, reduziram suas operações, o que tem provocado enorme preocupação pelos prejuízos que poderá causar, em especial aos produtores de soja e arroz, tomadores desses serviços.
Relata inclusive a situação encaminhada pelo Sindicato Rural de Dom Pedrito com apelo dos produtores do município e região da campanha, que devido ao alagamento das lavouras em conseqüência das chuvas que atingiram o Estado precisam das aeronaves agrícolas para aplicação aérea dos defensivos.