Farsul

Câmara Setorial Nacional do Arroz debate alternativas e novos mercados para o grão

Concorrência com produtos do Mercosul é um dos principais desafios do setor


A Câmara Setorial Nacional do Arroz esteve reunida na manhã desta terça-feira para discutir os desafios do setor e alternativas para aumentar o retorno gerado pela atividade. Do plantio à mesa, foram debatidas questões como o uso de defensivos agrícolas, tributações que incidem sobre o produto, sistemas de plantio alternativos, disputas comerciais com os vizinhos do Mercosul e novas possibilidades de comercialização com a utilização da farinha do arroz para preparo de pratos diversos, como bolos e biscoitos.

O vice-presidente da Farsl. Elmar Konrad, coordenador da Comissão de Arroz da Farsul, Francisco Schardong, e o assessor técnico de Cereais, Fibras e Oleaginosas da CNA, Alan Malinski, estiveram presentes no evento. Malinski avalia que entre os principais desafios do setor está a concorrência com os vizinhos do Mercosul, já que os produtores estrangeiros têm acesso a defensivos agrícolas produzidos no Brasil a um menor custo devido a diferenças em impostos. Desta forma, o arroz chega mais barato ao Brasil pela diferença no custo de produção.

O tema já foi levado ao Ministério da Agricultura e está em análise. Outra questão que tem preocupado o setor é a entrada de arroz no País sem uma adequada fiscalização com relação aos resíduos de defensivos nos grãos, resultando na entrada de produtos que não passariam nos testes aos quais é submetido o arroz brasileiro.

Entre as alternativas apontadas, além de medidas governamentais para defesa do setor, está o incentivo ao consumo do grão. A cooperativa do arroz apresentou cursos elaborados pelo Senar-RS que ensinam como usar a farinha do arroz para elaboração de pães, bolos, pizzas e biscoitos, por exemplo. Os cursos e as receitas têm tido boa aceitação e têm sido muito demandados por pessoas que buscam alternativas ao glúten, mas a ideia é popularizar o ingrediente em todos os lares.