Farsul

Alongamento do custeio deve dar fôlego a produtores

Alongamento do custeio deve dar fôlego a produtores


As parcelas de custeio da safra passada com vencimento em julho e agosto deste ano poderão ser prorrogadas pelos agricultores gaúchos para os meses de novembro e dezembro. A medida foi negociada entre representantes dos produtores rurais e Banco do Brasil (BB), a fim de aliviar a pressão de venda imediata de grãos - um risco especialmente para o arroz, que registra queda de preços. "Como não tivemos recursos de pré-custeio neste ano, essa foi uma maneira negociada para que o produtor pudesse exercitar sua comercialização com planejamento, sem aviltamento de preços", afirmou o presidente do Sistema Farsul, Carlos Sperotto, que se reuniu nessa terça-feira com a superintendência regional do BB. "Recebemos do banco e de relatos de produtores do interior a confirmação de que o prolongamento já está sendo adotado nas agências, nos casos necessários", afirmou em entrevista coletiva. Os juros permanecerão em 6,5% ao ano.

Segundo Sperotto e o presidente da Federarroz, Henrique Dornelles, que participou da coletiva, a negociação ainda permitirá o alongamento da parcela de 2015 da renegociação da dívida de arrozeiros em 10 anos, definida pela Resolução 4161 do Banco Central. O vencimento passará para o ano posterior ao da última parcela fixada.

Outra medida para dar fôlego aos produtores e evitar excedente na oferta é a disponibilização de R$ 200 milhões para apoio à comercialização a título de Financiamento para Estocagem de Produtos Agropecuários (FEPM). "As medidas dão ao produtor a possibilidade de assinar os contratos do custeio da safra 2015/2016 sem comercializar apressadamente sua produção, a qualquer preço. O alongamento não ocasiona redução de limites para o próximo custeio, e o produtor permanece adimplente", explicou Sperotto.